Escrito por Fúlvio Costa
Sex, 07 de Outubro de 2011 18:11
Encerrou nesta sexta-feira, 7, mais uma Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários, promovida pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) em parceria com o Centro Cultural Missionário (CCM). A formação, que acontece pela segunda vez na sede nacional das POM, em Brasília, reuniu 32 sacerdotes para discutir, estudar e aprofundar temas com enfoque na dimensão missionária.
Durante os cinco dias de Semana Missionária, os padres tiveram como assessores o diretor executivo do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti, que tratou da temática “Kairós da Missão nos documentos do magistério com enfoque pastoral: do Vaticano II até Aparecida”; padre Gervásio Queiroga, que assessorou o tema “A caminhada missionária da Igreja no Brasil desde a fundação da CNBB”, e, por fim, os padres das POM, que assessoram o tema “Organograma da Igreja no Brasil: Pontifícias Obras Missionárias, Campanha da Fraternidade, Dia Mundial das Missões e Mês Missionário”.
Concílio Vaticano II e a Missão
Questionado se a caminhada missionária da Igreja no Brasil sofreu mudanças significativas, após o Concílio Vaticano II, padre Gervásio Queiroga foi enfático ao afirmar que as mudanças podem ser vistas, mas foram poucas. Ele ressaltou, porém, que há uma recuperação hoje da fundamentação da temática.
“Mudou menos do que a gente gostaria, mas houve mudanças. Passamos de uma fase após o Concílio Vaticano II em que a missão como palavra e conteúdo entrou um pouco em crise também na Igreja no Brasil. Hoje há uma recuperação principalmente com o Documento de Aparecida, com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e com o trabalho firme e permanente das Pontifícias Obras Missionárias” destacou padre Gervásio.
Também citou o Concílio Vaticano II o padre Estêvão Raschietti. De acordo com ele, o grande encontro dos bispos ao redor do papa foi decisivo para a nova visão de missão que se instaurou na Igreja em todo o mundo. “O Concílio Vaticano II colocou o conceito de missão no coração da trindade, fez-nos entender Deus como o primeiro grande missionário, como fonte de toda a missão, e a desligou de uma tarefa da Igreja. A missão, a partir dali, passou a ser uma ação divina, onde a Igreja participa”, disse padre Estêvão.
A Semana de Formação Missionária
Padre Estêvão avaliou positivamente a Semana de Formação Missionária e afirmou que os participantes se interessaram principalmente pela teologia da missão. “Os padres manifestaram o desejo de aprofundar assuntos missionários tanto da teologia da missão como de alguns assuntos práticos. Eles manifestaram interesse pela questão teológica porque essa dimensão caminha para uma nova visão de Igreja, ou seja, de se abrir para horizontes maiores e não se preocupar apenas com a paróquia e suas necessidades”.
Na avaliação do diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti, o encontro foi positivo principalmente pelo conteúdo desenvolvido e acolhido pelos participantes, como também por tornar a entidade e seus trabalhos conhecidos por aqueles que trabalham nas bases da Igreja: o pároco. “Foi positivo pelas reações dos padres que participaram. Percebemos que precisamos caminhar muito para informar sobre a situação missionária. Muitos deles não conheciam o que são as POM, nem como é feito e são distribuídos os materiais. Alguns têm conhecimento dos trabalhos da Infância e Adolescência Missionária, mas quase nada além disso. Outros dão a entender que nem sabiam que quem produz o material da Campanha Missionaria são as Pontifícias Obras Missionárias. O que encontro é importante porque ajuda a fazer conhecer as POM e justamente por isso nós planejamos continuar com as formações”.
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